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ALANAC - Notícias do Setor

Maior teste clínico tenta comprovar se aspirina pode combater câncer

23 de Outubro de 2015

O objetivo é determinar se tomar aspirina todos os dias por cinco anos pode parar ou retardar a recorrência de câncer tratados numa fase precoce.
 
Londres, Inglaterra - O teste batizado de "Add-Aspirina phase III" será realizado com 11.000 pacientes que receberam recentemente ou que ainda estão recebendo tratamento para câncer de mama, esôfago, intestino, estômago e próstata, segundo o Instituto Britânico de Pesquisa do Câncer em um comunicado.
 
O objetivo é determinar se tomar aspirina todos os dias por cinco anos pode parar ou retardar a recorrência de câncer tratados numa fase precoce.
 
O teste será realizado em mais de 100 centros médicos e deve durar 12 meses. Os participantes serão divididos em três grupos: um que vai tomar diariamente 300 miligramas de aspirina, um outro tomará 100 miligramas e o terceiro receberá um placebo ou equivalente.
 
Cerca de 9.000 pacientes irão participar no Reino Unido e outros 2.000 na Índia, onde o teste terá início em 2016, explicou uma porta-voz do Instituto Britânico de Pesquisa do Câncer. Essa organização calcula que são diagnosticados com um dos cinco tipos de câncer estudados 5,5 milhões de pessoas a cada ano no mundo.
 
A aspirina já provou que pode ajudar a prevenir ataques cardíacos em algumas pessoas, e vários estudos sugerem que pode fazer o mesmo com certos tipos de câncer.
 
"Este ensaio é particularmente desafiador, uma vez que os cânceres recorrentes são muitas vezes mais difíceis de tratar, e encontrar uma maneira barata e eficaz de evitá-lo pode ser um ponto de viragem para os pacientes", assegura a médica Fiona Reddington.
 
"Este estudo visa fornecer uma resposta concreta", disse Ruth Langley, diretora de uma unidade de investigação da University College de Londres.
 
"Se nós descobrimos que a aspirina pode prevenir esses tipos de câncer voltar, isso poderia mudar o tratamento futuro e dar-nos um meio simples e de baixo custo", acrescentou.
 
Fonte: Correio Braziliense 


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