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ALANAC - Notícias do Setor

Negócio com a Coty não fará Hypermarcas perder escala, diz presidente

04 de Novembro de 2015

Por: Tatiane Bortolozi 
 
SÃO PAULO - A Hypermarcas afirmou nesta terça¬feira que a alienação da sua divisão de cosméticos à francoamericana Coty não vai gerar perda de escala ou de sinergias em vendas ao varejo de drogarias.
 
A venda do negócio de cosméticos da Hypermarcas, que envolve marcas como Risqué, Bozzano, Biocolor e Monange, foi anunciada ontem, segunda¬feira, por R$ 3,8 bilhões.
 
Segundo o presidente da Hypermarcas, Claudio Bergamo, de 70% a 80% do portfólio de cosméticos da empresa era distribuído por meio do canal alimentar, devido ao perfil popular dos produtos, e não haverá perda de escala no canal farma. “Nossas áreas de vendas são independentes, são separadas. Então, o impacto é zero neste sentido”, disse Bergamos, durante teleconferência com analistas.
 
A Coty pagará 45% do total de R$ 3,8 bilhões pela divisão de cosméticos da Hypermarcas no quarto trimestre deste ano, informou a brasileira. O negócio tem conclusão prevista até o segundo trimestre de 2016.
 
O ganho de capital será neutralizado por amortização de ágio, prejuízos acumulados e créditos fiscais, informou a Hypermarcas.
 
A transação com a Coty está sujeita à aprovação de autoridades antitruste. A Hypermarcas acredita que o trâmite não vai demorar pois a presença da Coty no Brasil é pequena.
 
As ações da empresa lideram as altas do Ibovespa nesta terça-feira: às 12:34, os papeis subiam 18,69% para R$ 20,77. O Ibovespa subia 2,26%, para 46.906 pontos.
 
Fraldas
Luiz Clavis, diretor comercial da divisão de consumo de Hypermarcas, vai assumir o negócio de fraldas da companhia no Brasil. Nicolas Fischer deixará a presidência do negócio de consumo para tomar a liderança da Coty Brasil.
 
O negócio de fraldas, avaliado em R$ 1,5 bilhão, será gerido de forma independente, informou a Hypermarcas.
 
Claudio Bergamo evitou comentar o andamento das negociações para a venda da divisão de fraldas. Segundo fontes, a companhia está em conversas avançadas com a americana Kimberly-Clark. Se o negócio for concretizado, a Hypermarcas será uma companhia puramente farmacêutica. A empresa já é líder em medicamentos sem prescrição (Doril, Benegrip e Engov), vice¬líder em cosméticos para pele (Epidrat, Hydraporin) e está em terceiro lugar na venda de genéricos.
 
A Hypermarcas praticou aumentos entre 35% e 40% nos preços de fraldas no acumulado do ano, para compensar a alta do dólar em relação ao real. No ano que vem, os reajustes terão efeito bastante positivo sobre as receitas, disse Bergamo.
 
A companhia acredita que a melhora da rentabilidade futura do negócio de fraldas virá da redução de custos. Por isso, planeja adotar em breve medidas de melhora de eficiência.
 
Fonte: Valor Econômico 


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